quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final.
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro.
Seguro de que vale ser aqui;
de que vale ser aqui onde a vida é de sonhar:
Liberdade.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Do que me aflinge:

Acho que ter meu pai afastado de casa nos últimos dias me fez sentir algo que eu nunca tinha experimentado antes. Acho que minhas lágrimas escreveriam melhor sobre isso do que eu agora. Eu realmente não gostei de sentir isso e também não gosto de escrever tão diretamente em um lugar tão público, mas são 23h54 e eu só quero recorrer a mim mesma nesse momento, por mais triste que seja admitir isso.
Meus últimos anos tem sido difíceis, não como se eu estivesse passando fome ou num abismo financeiro em relação a minha família, mas eu meio que passei os últimos anos construindo um poço ao meu redor e eu acho que eu o tornei muito mais alto e sombrio do que eu planejava. Não que eu planejasse me enfiar em um poço, até porque a ideia de um poço me dá um pouco de calafrios se ele não estiver repleto de trepadeiras e um baldinho de madeira que reluz a luz do sol... Só que a ideia de que eu montei um poço ao meu redor é muito pior que eu ter caído dentro de um e a ficha sobre isso acabou de bater.
Eu sempre fui muito bobinha, tímida no meu jeito, sempre me subestimei demais e essa última parte deve ser uma das razões por eu ter passado por tanta coisa envolvendo meu emocional nos últimos tempos. É que na verdade eu me faço passar por esse tipo de coisa e até imaginariamente eu tive que construir o melhor dos piores poços de todos os tempos.
Não me arrependo de nenhuma decisão que tomei nos últimos anos, de nenhum momento que vivi nos últimos anos, não me considero uma pessoa nem um pouco triste, mas sim alguém feliz-desapontado. Gosto de pensar em quem eu sou hoje em dia, gosto de estar trabalhando, esperando um resultado positivo no vestibular e outras coisas, mas ando com muitas interrogações com relação ao que diz respeito ao meu coração.
Não sei se estou me magoando ou protelando magoar uma das pessoas mais importantes na minha vida por uma queda de afeição a qualquer coisa, ultimamente.
Meus pais estão se divorciando. Na verdade, o processo todo do divórcio já passou e eu queria que essa parte burocrática tivesse durado mais tempo, só pra eu ter aproveitado um pouco mais do gostinho de chegar em casa e ter um pai e uma mãe sentados no sofá vendo tv. Juro que não achava que fosse ser tão desmotivante, eu realmente achava que isso não ia me atingir dessa forma...
Meu pai é tipo: se existe alguém perfeito nesse planeta é ele. E minha mãe é a mulher mais divertida da vida que a vida estragou. É difícil sentir duas almas rompendo; eu já faço o maior drama só por bater meu mindinho na virada do corredor. Não tinha um plano pra caso eu não conseguisse suportar essa "perda". E eu odeio perder e odeio perder as coisas.

Mais que tudo eu odeio estar errada.
É como se eu dissesse pra mim mesma "Eu avisei". E, meu deus do céu, eu me sinto muito louca com toda essa pressão que eu mesmo crio em cima de mim. Acabo ficando muito mais confusa do que eu deveria, muito mais afastada do que eu deveria e muito mais triste do que eu deveria.
Queria só poder fechar meus olhos bem apertados e, por um súbito momento de escuridão, a claridade me atingisse com a razão; só isso. Quero dormir sem indecisões, me cobrir com o edredón como se minha maior dúvida fosse o frio que talvez sinta a noite se não buscar uma meia pro pé.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Do que eu faço:

Sempre que eu tô procurando algo pela casa ou indo a um cômodo especifico, acabo na cozinha ou no banheiro antes de chegar ao meu destino. Fico um tempo parada olhando pra algum lugar não especifico e depois me dou em si e vou pro meu destino inicial.

Ainda descobrirei porque faço isso.