domingo, 29 de abril de 2012

Sonhos em jarras

Jarras em sonhos.

Onde cabe a abundância da vida? O tempo corre conforme o mundo se desinteressa, talvez a falta de interesse seja o motor desse relógio que transforma nossa vida em uma circunferência de 24h(?). Quem sabe o tempo são 7 bilhões de ponteiros enferrujando conforme a vida segue? Será que alguém consegue ver as horas perdidas em meio a tantos ponteiros já parados, quebrados, oxidados? Se existe gente que ainda tem tempo para o tempo(,) que não se manchou com a ferrugem do cansaço cotidiano(,) que não se prendeu pelo parafuso da rotina(,) que não se perdeu em tantos ecos onomatopaicos desafinados e não(-)cadenciados; por favor, atire uma pedra nesse teto de vidro pra ver se a humanidade resolve deixar o guarda-chuva de lado e sentir o corte dessa chuva na pele da inércia. Talvez se surpreendam por não vazar óleo. Talvez acordem o responsável por cuidar das engrenagens do tempo, tão pulsantes como um coração à beira de um infarto. Talvez...

...esqueceram-se de dar corda na vida.

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