quinta-feira, 7 de junho de 2012

To querendo sair, mas pra longe. Seguir a estrada, aquele asfalto em meio ao mato e fios em postes, aquela paisagem fixa de viagem de carro. Ficar numa casa na serra, na praia. Sentir a areia entre meus dedos ficando molhada e se esvaindo entre as ondas, meu rosto ao sol, meu corpo ao sol. Pular de concha na água gélida de uma cachoeira, esquecer do mundo nos segundos afundando, as bolhas saindo do nariz e da boca, o cabelo em pé na gravidade que não existe debaixo d'água, depois subir pra superfície e sentir o mundo longe, o barulho da vida respirando entre a queda d'água. Churrasco no quintal da casa, música ecoando no verde sem fim e água jorrando da mangueira para a piscina de plástico. Comer marshmallow na frente da lareira ou da fogueira. Tomar chocolate-quente naquele frio de deixar a noite um breu. Escutar um violão tocando músicas de acampamento. Barulho do chinelo naquele eco de cozinha de casa de férias. Comer aquela comida de jovem e achar uma delícia pela fome ou escrachar quem se dispôs a cozinhar. Pisar na grama fazendo cosquinha na sola do pé e comer um sanduíche tomando leite sentada numa canga estendida ao verde. Não querer voltar pra casa...

Acordar com beijinhos e o canto do passarinho no telhado.

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