terça-feira, 17 de agosto de 2010

catarro, inoperância, segunda chamada e salvar o mundo

Eu hoje tive reflexos dos muitos últimos banhos que eu tomei e não assoei meu nariz e da minha incapacidade de desgrudar dos meus pais quando eles ficam doentes. Voltei pra casa hoje na hora do almoço porque não conseguia mais ignorar a dor-de-cabeça, além de já estar me deixando encabulada pedir de dez em dez minutos pra sair de sala pra escarrar catarro transparente na pia do banheiro e um leve mal-estar crescente.
Eu tinha avaliação de Geografia nos tempos da tarde e achei que voltando pra casa, almoçando comida decente e tomando um banho eu conseguiria alguma condição pra fazer a prova. Acabei caindo de cama, sem febre, minha mãe me deu comprimidos pra dor-de-cabeça, mas eu recusei. Dormi a tarde inteira, acordei as 18h com vontade de estudar História, o gosto de catarro na minha boca. Fome!
Achei estranho clamar por comida, geralmente eu perco o apetite quando eu fico doente, mas comi e fiquei intercalando conversas no Skype com governos provisórios, constitucionais e ditatoriais enquanto eu mastigava a tampa do marca-texto. Fiquei um bom tempo parada imaginando a avaliação de Geografia antes de começar de fato a estudar História. Eu gosto quando o Universo da uma de parceiro e resolve me nocautear em prol da minha existência, visto que notas baixas em Geografia, Física e Biologia estão sendo os principais motivos a ameaças de cárcere aqui em casa.
Poxa, não acho legal fugir da primeira chamada de alguma avaliação por algum motivo de inoperância que te impediu de estudar. Eu sou absurdamente inoperante quando se trata de estudos, mas isso não justifica deixar de fazer uma avaliação. E deixa as pessoas preguiçosas. Alias, por que fazer hoje se você pode fazer amanhã o que não fará nunca?
Não vou negar que é um alívio poder fazer a prova de Geografia semana que vem, mas é uma merda ficar doente e seria uma merda maior ainda ter de fazer prova doente. E é um merda quem força doença pra poder pegar a segunda chamada de uma prova que não estudou por inoperância e também não vai estudar por inoperância. Desculpa... mas acontece.
Não tolero gente que se acha malandro quando na verdade é um merda. É tipo brincar de super-herói, "Oh! Não posso revelar minha verdadeira identidade porque o mundo vai agir diferente comigo se souberem que na verdade eu sou... UM MERDA!" mas ao invés de fazer algo útil, tipo salvar o mundo, ficam conversando sobre genitalias com o amigo no Skype.
É por isso que eu sou o Homem-Aranha e meu instinto-aranha diz que há baixa probabilidade da leitura completa desse post e, como ele nunca erra, é seguro contar aqui que eu tive de forçar doença para ninguém suspeitar que, na verdade, eu fui combater o crime hoje a tarde.

Um comentário:

  1. depois quer que eu pare de te chamar de burra. toma remédio quando você fica mal, filha da puta.

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Obrigada por ter lido.