terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rascunho de um dia cinco

Sinto-me culpada por alguns pensamentos em silêncio, jogados no meu teto escuro à noite ou em qualquer momento do meu dia reservado a fixar o olhar no nada. Sinto uma inércia. Não confio em suposições que muitas vezes levo em conta por motivos que acabam por se confundir com o cansaço do cotidiano. Queria poder abraçar meu travesseiro e entender as coisas ao redor. Queria um lugar em casa pra poder me esconder; me esquecer.
Queria poder acordar todo segundo e sentir as coisas como no primeiro espreguiço de um fim-de-semana. Misturar sono e sonho com café e leite, estalando os dedos do pé e sentindo o até-logo do conforto do colchão para se levantar para a vida. Essa parte manhã-pós-cama do dia é tão confortavelmente descompromissada; esteja quente, esteja fria. Queria poder correr pra esse momento toda vez que precisasse durante o dia;

...mas o tempo é egocêntrico.

Um comentário:

  1. Eu gostei muito! Tenho essa vontade muitas vezes durante o dia, me esconder naquele momento pós-acordar-mas-ainda-na-cama. As pessoas sabem ser cansativas as vezes : /

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Obrigada por ter lido.