terça-feira, 16 de outubro de 2012

Eu tenho o nome da geração

É engraçado pensar que tem um monte de Sofiazinhas nascendo ou sendo desejadas por agora. Vou confessar que adoro meu nome, não só pela sonoridade gostosa que é me apresentar como Sofia, como também pela intimidade que eu tenho com ele. E eu acho isso importante: se identificar com o que te identifica. E mais importante ainda: criar uma identidade pro que te identifica.
Tenho muitas amizades que des-torceram meu nariz para alguns nomes, tipo Renan, Morgana, Bernardo e outros que eu não tinha muita simpatia. Tá que Sofia não é lá um exemplo de nome que não se acha bonito, mas eu acho tão incrível a ideia de você (por você) fazer outra pessoa enxergar seu nome de outra forma. Acho que nunca disse isso pro Renan, pra Morgana e pro Bernardo, mas eles são tão incríveis que acabei criando simpatia por seus nomes, só por imaginar a figura de cada um por trás dos nomes.
Acho que se eu não me chamasse Sofia ou tivesse qualquer distúrbio no que diz respeito a estética de um nome, daria a minha filha esse nome (se eu vier a ter uma filha). Outra confissão: se eu morresse dando à luz ou se por algum motivo eu não pudesse viver ao lado da minha filha antes dela discernir o que é um nome, gostaria que a nomeassem de Sofia ou acrescentassem ao sobrenome. 
Não que eu seja algo de mais pra essa homenagem, mas seria tão emocionante poder ver (se é que no final tudo acaba conosco comendo pipoca e assistindo ao resto do que nos interessa do filme) minha filha se interessando por descobrir meu passado.
Olhando fotos de quando eu era criança ou mais velha, abraçada aos meus pais ou aos amigos, sorrindo, fazendo pose. Imagina achar um vídeo, escutar minha voz, meu riso, ver como meu cabelo balançava. Ouvir histórias dos meus irmãos, marido {?}, meus avós, meus pais. Lendo algo que eu escrevi.

Fiquei arrepiada com esse último parágrafo.

Me dá uma aflição pensar em um fim, aflição de não ter feito ainda tudo que eu sonho em fazer. Penso só em viver, se não sinto aquele frio de tremelicar o corpo. Quero ter uma filha e um filho e viver todos esses momentos com eles, ver eles crescendo e desejando isso também. Mas por agora o que eu quero é passar no vestibular e ganhar muito dinheiro vendendo na loja no Natal.

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